sábado, 9 de fevereiro de 2013

O reino de Morpheus me rejeita.


 
Eu não estou sozinho no meu quarto, sinto uma presença me observando. Eu tento virar a cabeça pra tentar enxergar melhor quem me faz companhia, mas esse simples ato requer muito esforço. Um esforço em vão, diga-se de passagem. O homem se aproxima e sua respiração pesada toca minha pele frígida. Essa presença carrega consigo uma aura negativa e mesmo sem fazer nada além de me observar, me deixa apavorado. Meus olhos estão abertos, porém meu corpo não atende meu chamado. Meus músculos se mantêm duros, como pedra. Imóveis. Seus olhos me consomem de uma forma singular, parece que me deixa desnudo. Não me desnuda das roupas, mas sim do meu corpo, parece que consegue enxergar minha alma.
Não consigo afastá-lo de forma nenhuma, parece que meus dedos pesam toneladas.
A benção de respirar não me é concedida nesse momento, quanto mais eu tento puxar o ar pra dentro dos pulmões, mais entrecortado fica meu fôlego. Num momento de desespero, tento gritar por minha mãe. Em minha mente, estou me esgoelando, mas o grito é sufocado antes de chegar à garganta. De certa forma estou suspenso entre o mundo dos sonhos e a realidade. Quisera eu acordar de uma vez! Por que eu não consigo gritar? Por quê?
Subitamente acordo. Com a garganta seca, levanto e vou lavar o rosto. Minha mãe me pergunta por que eu estou com essa cara assustada e eu SEMPRE respondo que não é nada.

É a 5ª vez consecutiva que acontece comigo essas semana. Eu sempre tive paralisia do sono, mas isso tá me deixando preocupado. Essa semana eu fiquei com medo de dormir, todos os dias.

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