quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ignes



Sua alma não vai bastar.
Condenada pelo peso da discórdia que ousou causar
Inflamada pela desgraça que no inferno te queimará

Sem cessar, vai consumir.
O som do desespero é só o que vai ouvir.
E no fim das contas serei eu quem irá rir.

Angústia sem nenhum torpor.
Derramará sobre ti a fonte da sua própria dor.
Sentirá falta de tudo que pra trás ficou.

A rastejante sombra irá
Se alimentar da sua vida tão insipida.

Seu sangue carmesim escorre em minhas mãos
E o ódio em meus olhos consome o meu pudor.
Cansei de ser o bom, cansei de ser o fraco.
Me satisfaz agora te ver rastejar.

Valeu a pena enfim? Cada mentira suja.
Palavras tortas que não demonstram nenhum valor.
A lealdade foi pesada, a incerteza foi medida.
O seu melhor, no fim, não te salvará.

Não grite por nome nos momentos de desgraça
Leviatã é um querubim perto dos meus desejos.
A insanidade logo será seu porto seguro.
Não terei sossego enquanto você respirar.

Mergulhe no abismo da Minh ‘alma e se encontre.
Andando de mãos dadas com o justo Ceifador.
A companhia que terá é seu próprio medo.
Pois nada mais aqui irá te acompanhar.

Na cidade da heresia a angústia se encontra na estrada da esperança. A chuva de tristeza apaga a verdade escondida e traz à tona sentimentos artificiais por caminhos separados.
Assim é regido o progresso dos tolos. Na palma da mão de um humano arrogante, chamas à sangue frio. Essas memórias severas não param de ecoar em minha mente inquieta.



xDORAVANTEx

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O reino de Morpheus me rejeita.


 
Eu não estou sozinho no meu quarto, sinto uma presença me observando. Eu tento virar a cabeça pra tentar enxergar melhor quem me faz companhia, mas esse simples ato requer muito esforço. Um esforço em vão, diga-se de passagem. O homem se aproxima e sua respiração pesada toca minha pele frígida. Essa presença carrega consigo uma aura negativa e mesmo sem fazer nada além de me observar, me deixa apavorado. Meus olhos estão abertos, porém meu corpo não atende meu chamado. Meus músculos se mantêm duros, como pedra. Imóveis. Seus olhos me consomem de uma forma singular, parece que me deixa desnudo. Não me desnuda das roupas, mas sim do meu corpo, parece que consegue enxergar minha alma.
Não consigo afastá-lo de forma nenhuma, parece que meus dedos pesam toneladas.
A benção de respirar não me é concedida nesse momento, quanto mais eu tento puxar o ar pra dentro dos pulmões, mais entrecortado fica meu fôlego. Num momento de desespero, tento gritar por minha mãe. Em minha mente, estou me esgoelando, mas o grito é sufocado antes de chegar à garganta. De certa forma estou suspenso entre o mundo dos sonhos e a realidade. Quisera eu acordar de uma vez! Por que eu não consigo gritar? Por quê?
Subitamente acordo. Com a garganta seca, levanto e vou lavar o rosto. Minha mãe me pergunta por que eu estou com essa cara assustada e eu SEMPRE respondo que não é nada.

É a 5ª vez consecutiva que acontece comigo essas semana. Eu sempre tive paralisia do sono, mas isso tá me deixando preocupado. Essa semana eu fiquei com medo de dormir, todos os dias.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Fim da jornada




Você já pensou na morte? Você já pensou sobre a sua morte, especificamente?
Na maior parte de nossas vidas, nos sentimos imortais, mesmo que sem perceber. Fazemos planos para os próximos 50 anos, sem se dar conta que podemos não estar mais aqui nos próximos 5 minutos.
É uma tema meio estranho de se imaginar, eu tento pensar em outra coisa sempre que isso aparece na minha mente... Mas paro pra pensar e fico ponderando se eu vou conseguir terminar as coisas que eu comecei... Se eu vou conseguir realizar os meus sonhos, se vou conquistar alguma coisa.
Sei lá, a cada segundo que vivemos, ficamos mais próximos de deixar de viver.

Eu tenhos umas brisas meio estranhas as vezes...

Mas a única coisa que eu desejo de verdade é que no fim, meus amigos estejam ao meu lado.

=]