quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ignes



Sua alma não vai bastar.
Condenada pelo peso da discórdia que ousou causar
Inflamada pela desgraça que no inferno te queimará

Sem cessar, vai consumir.
O som do desespero é só o que vai ouvir.
E no fim das contas serei eu quem irá rir.

Angústia sem nenhum torpor.
Derramará sobre ti a fonte da sua própria dor.
Sentirá falta de tudo que pra trás ficou.

A rastejante sombra irá
Se alimentar da sua vida tão insipida.

Seu sangue carmesim escorre em minhas mãos
E o ódio em meus olhos consome o meu pudor.
Cansei de ser o bom, cansei de ser o fraco.
Me satisfaz agora te ver rastejar.

Valeu a pena enfim? Cada mentira suja.
Palavras tortas que não demonstram nenhum valor.
A lealdade foi pesada, a incerteza foi medida.
O seu melhor, no fim, não te salvará.

Não grite por nome nos momentos de desgraça
Leviatã é um querubim perto dos meus desejos.
A insanidade logo será seu porto seguro.
Não terei sossego enquanto você respirar.

Mergulhe no abismo da Minh ‘alma e se encontre.
Andando de mãos dadas com o justo Ceifador.
A companhia que terá é seu próprio medo.
Pois nada mais aqui irá te acompanhar.

Na cidade da heresia a angústia se encontra na estrada da esperança. A chuva de tristeza apaga a verdade escondida e traz à tona sentimentos artificiais por caminhos separados.
Assim é regido o progresso dos tolos. Na palma da mão de um humano arrogante, chamas à sangue frio. Essas memórias severas não param de ecoar em minha mente inquieta.



xDORAVANTEx