Não sei dizer quem sou. Seus atos me confundem, como a tarde de outono que ficou pra trás. Mas sei que a palidez da lua me conforta e me entorpece... A solidão da noite me afaga e me traz paz.
Reviro o pensamento em busca de mim mesmo. A mente prega peças revelando o mais insano. Eu saboreio o devaneio ao inverso de mim mesmo, sinto a realidade se deformar.
- NÃO SEI MAIS, NÃO SEI MAIS, NÃO SEI QUEM SOU -
Estou com pressa, parece que estou perdendo o jeito.
As minhas orações não surtem mais efeito a respeito da torre de babel
Em minha mente. Turva como o céu está como uma semente da discórdia irrefutável.
Frágil como um muro de cristal, vulnerável. Eu vejo rachaduras no que era inabalável.
NADA MAIS ME RESTA.
Abaixo do céu azul, a lua me alivia. Me completa na escuridão dos meus sonhos mais tranquilos e quando eu percebo que estou acordado, a devastação do mundo se torna
plausível.
A perversão de todos me faz temer as respostas. Perdido entre mundos que não sei a qual pertenço. Se este não sou eu, qual será o contexto que me encaixo? Perdido entre mundos que não sei a qual pertenço.
Não sei dizer quem sou. Seus atos me confundem, como a tarde de outono que ficou pra trás. Mas sei que a palidez da lua me conforta e me entorpece... A solidão da noite me afaga e me traz paz.
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