Numa madrugada, a mesma rotina.
Muito sangue na minha cafeína.
Deito na cama, sem muito sono.
O sorriso lindo da Lua de outono,
Me lembra do simples de cada dia,
Do valor da noite fria
E o silêncio na cidade.
Sem nenhuma vaidade,
Assisto o ríspido alvorecer,
Com minha barba por fazer.
Nas ruas procuro um atalho
Que dê menos trabalho no trabalho.
Eu ando e penso bobagem.
Os rostos com tanta maquiagem.
Escondem as suas raízes
Ou cicatrizes, no peito ou na alma.
A música que ouço, me acalma.
Já estou perdido em outro pensamento.
Atento em coisa nenhuma,
No céu voa uma pluma.
Uma criança com uma bexiga
Correndo de uma formiga,
Com uma folha nas costas.
Faço milhões de apostas,
Me pergunto quem tem mais medo.
No relógio, não é tão cedo.
Chego em casa.
Minha mãe com fogo e brasa,
Xingando meu sobrinho.
Leio e toco um pouquinho.
E depois é...
Mais uma madrugada, a mesma rotina.
Muito sangue na minha cafeína....
2 comentários:
mais uma madrugada a mesma rotina...melhor que um texto em prosa é uma prosa em rima
Muito obrigado, Sr. Javanz's!
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